Por Daniel Minozzi(*)

 

Sim, estamos vivenciando momentos que ficarão para a história. A pandemia da Covid-19 nos colocou em uma situação que até há pouco tempo era fruto de imaginação influenciada por produções cinematográficas ou livros, seja na ficção, como nos filmes Contágio (2011) e Epidemia (1995), seja em relatos da devastação de outras pandemias como a da peste bubônica (bactéria Yersinia pestis) e varíola (vírus Orthopoxvírus variolae), entre outras. O fato é que, entretenimento ou vida real, convivemos com microrganismos.

 

Antes de abordar os riscos de saúde causados por eles, é importante ressaltar que a existência de micróbios não é totalmente maléfica. Pelo contrário, em sua maioria eles são inofensivos e, até mesmo, essenciais para a sobrevivência de diversos seres vivos, desde as plantas aos animais, como nós. O que precisamos ter atenção é como esses seres do mundo microscópico interagem conosco e com nosso meio. Alguns, infelizmente, são nocivos ao nosso organismo e precisamos agir para evitar ou amenizar ao máximo possível os pontos de contaminação.

 

Atualmente, contamos com diversos sanitizantes, sendo o álcool o mais conhecido. Porém, assim como outros meios de higienização, utilizando produtos de limpeza em geral, a ação de desinfetar precisa ocorrer sempre, já que é totalmente pontual e passageira. Sem contar que, em determinados produtos, mesmo após uma boa limpeza ainda é possível identificar, de forma visual ou pelo odor, a presença de algum microrganismo.

 

Um exemplo clássico é o caso de utensílios de plástico que, sofrendo ou não com o desgaste de uso, fatalmente se tornam ferramentas de contaminação cruzada. Dentre os casos mais perceptíveis ou fáceis de lembrar, temos as tábuas de carne, potes ou contêineres de alimentos, cabos de instrumentos de corte (cutelaria), lixeiras, escova de dentes, chuveiro, etc. Todos acabam promovendo a proliferação de bactérias, como Escherichia coli e Salmonella, além de fungos como o Aspergillus, por exemplo.

 

A boa notícia é que empresas que mesclam ciência e tecnologia estão há um bom tempo no mercado desenvolvendo soluções que conferem a vários materiais um efeito de autoesterilização. A Nanox, por exemplo, conta com diversos casos no segmento de utilidades domésticas, promovendo esse efeito - conhecido também como antimicrobiano, em filme plástico esticável, como o Alpfilm Protect, diversas linhas de utilidades da Plasútil, cabos dos instrumentos da linha de cutelaria da Tramontina, película protetora Promasafe da Promaflex, entre outras. E  muitos desses possuem eficiência comprovada contra o vírus da pandemia.

 

Cada vez mais esse apelo está fazendo sentido, algo entre as poucas coisas que esse cenário de crise sanitária acelerou. As pessoas estão mais interessadas e familiarizadas com esse tema, de modo a procurar nas prateleiras dos supermercados e das lojas em geral produtos que promovam maior segurança, tranquilidade e praticidade. O conceito de material inteligente se instalou e, como uma espécie de talismã, significará um ambiente, um lar mais protegido, mas não com superstição, e sim com ciência.

 

Fotos: Divulgação Nanox

 

*Daniel Minozzi é químico, mestre em ciências de materiais pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e fundador e Diretor da Nanox, empresa especializada em nanotecnologia.

 



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